Cidades

Cidades Compassivas

Amadora Compassiva
No concelho de Amadora, o Projeto "Amadora Cidade Compassiva" teve início em Fevereiro de 2020, tendo sido apoiado e financiado pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e pela Fundação "La caixa", de Fevereiro 2020 a Maio 2021. Terminado este apoio financeiro continuou de forma autónoma e todas as ações prosseguiram através de intervenção pro bono dos seus agentes compassivos.

A "Amadora Compassiva" foi um sonho da Cooperativa LInQUE que, ao longo de 4 anos, coordenou e desenvolveu este projeto. No início de 2024, com a dissolução da LInQUE, a "Amadora Compassiva – SER ComPaixão" passou a ser coordenada pela Cooperativa SER, que era já uma entidade parceira.

O Projeto integra uma ampla rede de parceiros, tendo como objetivos:

Criar uma sociedade mais humana, presente e amiga.Desenvolver um programa de sensibilização social, informação e formação nas áreas do envelhecimento, da doença em fase avançada, do final de vida e do processo de morte; envolver os cidadãos no apoio às pessoas doentes e às suas famílias na fase avançada da doença;Permitir que a pessoa com doença incurável em fase avançada possa permanecer no domicílio se assim o desejar, com o apoio duma equipa de cuidados paliativos e suportada por uma rede de apoio compassivo;Promover uma organização social que apoie as pessoas doentes e em situação de vulnerabilidade, complementando a intervenção das equipas técnicas de saúde;Melhorar a literacia em saúde, promovendo o conhecimento e desconstruindo mitos;Promover a esperança e a vivência duma vida com sentido.

Estes objetivos serão atingidos continuando as ações de formação, sensibilização e informação e realizando eventos e atividades de apoio a cuidadores, como conferências, workshops, Death cafés, formação numa Universidade Sénior, voluntariado de proximidade com o Coração Amarelo da Amadora e a criação de novas parcerias.

Pretende-se que, no futuro, estas ações se traduzam no apoio às pessoas doentes e em situação de vulnerabilidade, complementando a intervenção das equipas técnicas das áreas da saúde e social, através da implementação do conceito de Redes Colaborativas de Cuidado (Círculos de Cuidado).

Sob forma de legado, a Amadora Compassiva é uma semente LInQUE que se mantém ativa e a crescer.

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Contacto da Amadora Compassiva

Email: [email protected]

Coordenadora: Elsa Mourão

Borba Compassiva

A "Associação Borba Contigo - Cidade Compassiva", é uma associação de solidariedade social sem fins lucrativos constituída em março de 2019. O projeto "Borba Contigo - Cidade Compassiva", nasce da necessidade de ajudar as pessoas em situação de fim de vida e às suas famílias. Ajudá-las a cuidar do seu familiar doente, em casa, até o final da sua vida, se for este o seu desejo.

Com os avanços da medicina tem aumentado a esperança de vida - vivemos mais anos, mas com mais dependência. Este aumento do envelhecimento da população e das doenças crónicas e incapacitantes, junto a perda da rede tradicional de cuidados, tem trazido como consequência, o aumento de situações de doença crónica avançada e em fim de vida, em solidão.

A maioria das pessoas que enfrentam estas situações de doença e final de vida, estão sozinhas ou têm apenas um cuidador. Ao sermos conscientes de esta problemática, um grupo de cidadãos de Borba uniu-se para constituir a "Associação Borba Contigo Cidade Compassiva".

Rapidamente iniciamos ações de sensibilização para consciencializar a população para este desafio e transmitir a importância da ajuda da comunidade para sua resolução.

A missão da associação é:

  • Realizar ações de sensibilização social para transmitir a importância de cuidar no final da vida.
  • Capacitar aos cuidadores.
  • Fomentar as redes de cuidados entre todos os sectores da sociedade "laços que cuidam".
  • Promover a inclusão e coesão social.
  • Criar uma rede de recursos para tentar garantir o cuidado integral das pessoas, complementando com os recursos já existentes.
  • Ser elo de união entre todos os sectores da sociedade, coordenando os recursos para proporcionar cuidados de qualidade, junto aos serviços de saúde.

Para conseguir transformar uma comunidade, numa comunidade mais compassiva, é necessário cultivar a verdadeira compaixão, estimulando a empatia pelo sofrimento de todos os seres humanos.

A Associação conta com a parceria das autoridades locais, além de muitas outras entidades, associações, empresas, e instituições da cidade, do Alentejo, e faz parte do CLAS (conselho local de ação social). E continua a tentar realizar o máximo de parcerias para conseguir a implicação de toda a sociedade nos cuidados no final da vida.

A comunidade é a resposta porque "morrer importa". A pessoa em fim de vida tem direito a fechar seu ciclo em paz, com sintomas controlados, e sempre que possível, no seu lar rodeado de seus seres queridos. Com uma comunidade mais compassiva vamos voltar a conseguir a essência da humanidade partilhada.

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Cascais Compassiva

Cascais Compassiva é o primeiro projecto da Associação Oficina da Compaixão, uma associação sem fins lucrativos fundada em Junho de 2021 e que tem como missão: desenvolver/potenciar redes de cuidar comunitárias que, sensibilizadas, informadas e capacitadas garantem uma atenção compassiva, colaborativa, segura e efetiva, nas dimensões física, emocional, social e espiritual a pessoas com doença crónica avançada e/ou em final de vida e às suas famílias, elevando o sentido da Compaixão como parte integrante da identidade da comunidade.

O projecto Cascais Compassiva conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e com o entusiasmo de inúmeras personalidades e parceiros sociais que se querem juntar a esta causa.

Cascais Compassiva é um projecto de intervenção comunitária que visa sensibilizar, formar e preparar os cascalenses para que:

  • Falem abertamente sobre a morte, como etapa natural do ciclo de vida;
  • Saibam cuidar do outro, não esquecendo a importância de cuidar de si próprios;
  • Se sintam seguros e preparados para enfrentar os desafios associados ao fim de vida;
  • Sejam conhecedores dos recursos disponíveis na comunidade;
  • Possuam ferramentas para enfrentar o período de luto;
  • Desenvolvam os recursos necessários para completar o apoio já disponível.

Para desenvolver este trabalho de intervenção social a Associação Oficina da Compaixão recorre ao que de referência se faz internacionalmente, não só na área do envelhecimento e dos cuidados paliativos, através da CASA DO CUIDAR PORTUGAL, mas também relativamente à criação de comunidades compassivas, através da metodologia TODOS CONTIGO da New Health Foundation, em Espanha.

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Gaia Compassiva

No concelho de Vila Nova de Gaia o projeto "Gaia Compassiva – Cidade Com Paixão" é promovido pela Associação Com Paixão por Gaia (ACPpG).

A Associação Com Paixão por Gaia, pessoa coletiva de direito privado, sem fins lucrativos, nasceu a 27 de maio de 2021 e tem como Objeto Social desenvolver e difundir o conhecimento na vertente dos Cuidados Paliativos junto dos profissionais de saúde, profissionais de instituições e entidades, doentes e cuidadores, voluntários e cidadãos em geral, reconhecendo a comunidade, de acordo com o modelo de cuidados paliativos, como elemento essencial para a melhoria da saúde e bem-estar e da qualidade de vida dos doentes e das famílias. A ACPpG assumiu a responsabilidade de dinamizar e impulsionar o movimento "Gaia Compassiva".

Os seus fundadores são, na sua grande maioria, os profissionais de saúde com formação especializada em Cuidados Paliativos que integram as equipas existentes no concelho: ECSCP Gaia; ECSCP Espinho/Gaia; e EIHSCP CHVNHG/E.

O projeto "Gaia Compassiva - Cidade com Paixão", iniciado a 1 de março de 2023, responde aos desafios da Comunidade, intervindo, essencialmente, no seu desenvolvimento, na promoção da saúde, nas ações colaborativas e na ecologia social, implementando redes comunitárias entre cidadãos e organizações e criando "laços que cuidam", ao complementar os cuidados formais de saúde e sociais. Será a paixão que permitirá sensibilizar a nossa comunidade para a necessidade de uma rede de cuidados dedicada ao cuidado na doença avançada, no final de vida e no processo de morte, reconhecendo-a como elemento essencial para a melhoria da saúde e bem-estar e da qualidade de vida, dinamizando e impulsionando o movimento "Gaia Compassiva".

A ACPpG conta com a parceria da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, além de outras entidades, associações, empresas e instituições e faz parte do Conselho Local de Ação Social (CLAS).

O projeto tem como objetivo geral contribuir para que Gaia se torne uma "Cidade Compassiva", e como objetivos específicos:

  • Sensibilizar, informar e formar nas áreas da doença avançada, do final de vida, do processo de morte e do luto;
  • Criar uma rede comunitária e compassiva de cuidados paliativos.

Uma cidade compassiva é uma comunidade que reconhece que cuidar uns dos outros em momentos de crise e perda não é simplesmente uma tarefa exclusiva para serviços sociais e de saúde, mas é uma responsabilidade de todos, complementando as respostas existentes e agindo de forma compassiva numa comunidade aberta e solidária. Pretende-se, assim, com este projeto, constituir uma resposta global às necessidades do doente e família, tendo em conta o conceito de solidariedade e entreajuda, do círculo mais restrito/núcleo familiar/vizinho/cuidador à resposta mais alargada na sociedade onde se inserem, desde o comércio local às instituições e outros parceiros, todos envolvidos na persecução deste objetivo

"Gaia Compassiva - Cidade com Paixão" pretende, desta forma, contribuir para a articulação entre todos os parceiros na construção de uma sociedade mais humana, presente e solidária, com uma integração do processo de cuidar em rede. Pretende-se ainda encorajar publicamente, facilitar, apoiar e celebrar o cuidado mútuo durante os momentos e experiências mais desafiantes da vida, especialmente aqueles relacionados com doenças que ameaçam a vida e a limitam, doença crónica, fragilidade, envelhecimento e demência, isolamento e solidão, sofrimento e luto, particularmente quando é vontade dos doentes manter-se em casa até ao fim de vida.

Este projeto foi vencedor do Concurso Portugal Compassivo: Laços que Cuidam, promovido pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e Fundação "La Caixa", no âmbito do programa Humaniza.

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Porto Compassivo

O projeto "Porto Compassivo - Uma comunidade que cuida até ao fim", começou em junho de 2019, e é dinamizado pela Associação Compassio.

Procura contribuir para que a cidade do Porto se torne uma cidade mais compassiva, tendo dois objetivos específicos:

  • Sensibilizar e capacitar para uma cultura compassiva e para a naturalidade e normalidade da morte e do luto;
  • Ativar e dinamizar redes comunitárias compassivas para pessoas com vivência de doença e/ou idosos e em situação de isolamento social/solidão.

Promovemos workshops, ações de capacitação, death cafés, murais "Antes de morrer, eu quero...", ações de rua sobre compaicão e vizinhança compassiva; ciclos de conversas, clubes de leitura, práticas artísticas.

O promotor do projeto é a Compassio – Associação para a construção de comunidades compassivas, cuja missão é colocar a compaixão no centro das relações humanas e das comunidades, com foco nas pessoas em situação de fragilidade relacionada com a doença e/ou isolamento social, promovendo a ética do cuidar como um compromisso fundamental da sociedade.

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Coordenadora: Mariana Abranches Pinto

[email protected]

São Miguel Compassivo

O promotor do projeto é a Associação Séniores de São Miguel, que constituiu uma comissão cientifica, formada por profissionais de saúde de diferentes áreas, que funcionam como motor do projecto. Estes em parceria com profissionais de saúde, nomeadamente da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPER e da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, têm como missão colocar a compaixão no centro das relações humanas e das comunidades, com foco nas pessoas em situação de fragilidade relacionada com a doença e/ou isolamento social, promovendo a ética do cuidar como um compromisso fundamental da sociedade.

Este projeto surge da realidade atual de uma população cada vez mais envelhecida, que veio exigir respostas multidisciplinares e multissectoriais. O aumento da prevalência das doenças crónicas, graves, incapacitantes e progressivas, na sua maioria caracterizadas com necessidades paliativas, corresponde a um desafio social para o qual interessa olhar atentamente. Capacitar a Comunidade na resposta às necessidades dos seus membros com doença avançada e em fim de vida e dos seus cuidadores é atualmente, crucial.

Neste sentido, também o Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos para o biénio 2021/2022 define a promoção da prática de "comunidades compassivas" como uma das estratégias de suporte social, de apoio à família e de importância da comunidade, pelo que se atribui à intervenção nesta temática uma pertinência acrescida.

O conceito de "Comunidades Compassivas" surgiu no Reino Unido, através do sociólogo Allan Kellehear, que define como aquela que reconhece os "ciclos naturais de doenças e saúde, nascimento, morte, amor e perda ocorrem todos os dias dentro das órbitas das instituições".

Este movimento baseia-se em três pilares:

  • A comunidade impulsiona a mudança e toma responsabilidade na promoção da sua própria saúde.
  • A compaixão motiva as suas ações. Entende-se por compaixão a verdadeira humanidade; reconhecer o sofrimento do outro, querer minimizá-lo e agir em conformidade para que tal aconteça.
  • A formação de redes entre todos os sectores da sociedade, coordenando todos os recursos, permite proporcionar cuidados de qualidade e integrais aos seus cidadãos.

A prática de Comunidade Compassiva surge assim como uma estratégia útil inerente ao processo de capacitação da Comunidade, mediante a criação de uma cultura baseada na compaixão, e é uma possível resposta ao desafio colocado a uma sociedade em envelhecimento. Por outras palavras, é uma comunidade que sente empatia com o sofrimento, se capacita para verificar os possíveis recursos que lhe deem resposta, e se mobiliza para aliviá-lo. Com isto, pretende-se que a comunidade em rede consiga de forma autónoma solucionar os problemas/necessidades destes membros que vivem nesta condição vulnerável.

O conceito de comunidade compassiva deve ser entendido como uma "construção coletiva", onde participam agentes de todo o tipo (profissionais, cuidadores, instituições, empresas, voluntários, vizinhos, etc) que trabalham em rede para garantir que os cuidados aos doentes, sejam, em ultima instância, uma responsabilidade de todos nós.

Esta abordagem contempla três pilares de ação relevantes: consciencialização social, capacitação e implementação de redes de cuidar.